sexta-feira, 13 de março de 2009

POR QUÊ FAZER UMA OFICINA DE VIDEOCLIPE?

Desde a época que os Fab four decidiram usar imagens para ilustrar suas canções, o videoclipe entrou no cenário musical. Mas foi só nos anos 80, com a MTV, que as bandas começaram a arrumar um jeito de televisionar seus maiores hits.

A partir daí, a maneira como uma música era lançada mudou, e muito. A própria indústria fonográfica teve de adequar suas estratégias de mercado ao novo formato. Mais do que isso, com o videoclipe surgia uma nova linguagem, fragmentada, acelerada e não-linear. Características que tem tudo a ver com o tempo atual, muitos disseram...

O fato é que o videoclipe entrou no imaginário contemporâneo. Influenciou a TV, o cinema e até os modos de criação da música pop. E, há poucos anos, na internet, subiu um importante degrau. É tendo acesso a rede mundial de computadores que qualquer pessoa pode escolher entre uma imensa gama de clipes para, a qualquer momento, ver o clipe que quiser. Além disso, a rede, mais especificamente o youtube, está aberto ao público. É possível postar vídeos de poucos minutos de maneira rápida e gratuita Em suma, a internet democratizou acesso e produção.

Para o lado da teoria, Arlindo Machado, em seu livro de estréia, A Arte do Vídeo, disse que o videoclipe é o “único gênero genuinamente televisivo”. Não só ele, aos poucos, o formato foi ganhando publicações acadêmicas e sendo estudado de uma maneira mais séria e apaixonante. Cursos específicos de videoclipes estão rendendo publicações e profissionais qualificados nos Estados Unidos e Europa. Hoje, pode-se dizer que o estudo de videoclipes é uma demanda crescente.

Quanto a Bahia, a produção de audiovisual não está nada parada. Ainda em atividade, há o Jornada de Cinema, o festival de cinema mais antigo do país. Também o A Imagem em 5 Minutos, evento que ajudou a formar centenas de videomakers baianos. Além disso, Salvador é a pioneira em um festival totalmente dedicado ao videoclipe: a Mostra Baiana de Videoclipes que, nas suas três edições, contou com a presença de apresentadores da MTV e apoio da emissora, além da boa aceitação do público e da mídia. Vale frisar aqui que diversos festivais importantes na Europa e Estados Unidos já colocam o videoclipe como uma categoria, ao lado de curtas metragens, documentários etc. Por isso, uma oficina de videoclipe na Bahia pode, além de ajudar a formar profissionais para o mercado de trabalho, movimentar o cenário musical local.

Um comentário:

  1. A questão é que após a crise financeira internacional os mercados, inclusive o de trabalho, deixaram de existir. O q existe mesmo eh Banco Central.

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